Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
Lindo poema amigo. Mas creio que´não se extingue o fogo da paixão, pela vida, pela arte e pelo amor. Se não há mais as grandes labaredas das fogueiras, há com certeza cinzas que ainda guardam brasas. É só abaná-las.
Querido amigo, estimado poeta encontro-me em Barcelona neste domingo, já passei por Madri, e ainda trago comigo as lembranças da tua linda Lisboa, principalmente da tua agradável hospitalidade. Se o fogo que arde faz-te sentir assim, só posso honrar-me com tuas palavras, sempre profundas e sintéticas a nos fazer pensar e sentir, ou vice-versa. Um beijo amigo em meio a tal chama que brilha na tua escrita! Cida Torneros
A Amizade é... O mais nobre dos sentimentos, Cresce à sombra do desinteresse, Nutre-se brindando-se e floresce a cada dia com a compreensão.
Seu lugar está junto ao amor Porque ela é também amor. Somente os honestos podem ter amigos, porque à amizade, o mais leve dos cálculos a fere.
Como é um bem reservado aos eleitos, é o sentimento mais incompreendido e o pior interpretado. Não admite sombras nem fingimentos, rusticidade nem renúncias.
Exige no entanto sacrifício e coragem, compreensão e verdade, VERDADE! acima de todas as coisas.
Com as pequenas coisas do dia a dia cresce nossa amizade. Desejo que sempre seja assim. (Desconhecido)
Te desejo uma semana com muitos amigos,amor e paz Abraços do amigo Eduardo Poisl
Um poema muito significativo, onde a chama de tempos idos ainda está presente e reacenderá de novo as cinzas da fogueira que voltará a refulgir! (A música vai dar uma ajudinha:)) Beijinhos.
Talvez exista um recomeço da cinza... A poesia é sempre passivel de ser interpretada de acordo com os nossos pensamentos e as palavras são o caminho para uma "viagem" mental... Um grande beijo, Paula
agradecer-lhe o facto de ter passado pelo Nada menos que todo um homem...percebo pelo cantos aqui da sua casa porque achou o poema a Torga demasiado comprido para o seu gosto...mas perceberá, com certeza, quando digo que o tamanho do mesmo não dependeu de mim. Posto isto, dizer-lhe que o prazer que retiro da poesia é aquele que se retira quando encontramos o que mais de verdadeiro há nas pessoas...José Cardoso Pires afirmava que a função da escrita era corromper e nesse sentido posso dizer-lhe que depois de me encontrar com as suas letras não fiquei indiferente.
Lindo poeta... Um poema que transpira saudade!
ResponderEliminarBeijinhos e bom fim de semana,
Ana Martins
Saudosista seu poema hein? Bem feito - é fogo sentir saudade do que se foi ou não foi...
ResponderEliminarBeijos
Dizem que poemas são como pinturas, cada um interpreta a sua maneira. eu tirei a minha deste seu poema, e acho que estou assim! :)
ResponderEliminarMe senti bem ao ler...
bjsssssssssss
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
ResponderEliminarA amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
Autor: Paulo Santana
Um lindo final de semana!
Abraço
Também fui...muitos beijos.
ResponderEliminarLindo poema amigo. Mas creio que´não se extingue o fogo da paixão, pela vida, pela arte e pelo amor. Se não há mais as grandes labaredas das fogueiras, há com certeza cinzas que ainda guardam brasas. É só abaná-las.
ResponderEliminarLindo fim de semana! Beijos
A cinza é um princípio para novas vidas e não um fim dum ciclo.
ResponderEliminarÉ um fertilizante (que está de volta na agricultura biológica).
Hermoso poema que me hace acordar aquello de que cenizas quedan porque fuego hubo. Abrazos.
ResponderEliminarQuerido amigo, estimado poeta
ResponderEliminarencontro-me em Barcelona neste domingo, já passei por Madri, e ainda trago comigo as lembranças da tua linda Lisboa, principalmente da tua agradável hospitalidade. Se o fogo que arde faz-te sentir assim, só posso honrar-me com tuas palavras, sempre profundas e sintéticas a nos fazer pensar e sentir, ou vice-versa. Um beijo amigo em meio a tal chama que brilha na tua escrita!
Cida Torneros
A Amizade é...
ResponderEliminarO mais nobre dos sentimentos,
Cresce à sombra do desinteresse,
Nutre-se brindando-se e floresce
a cada dia com a compreensão.
Seu lugar está junto ao amor
Porque ela é também amor.
Somente os honestos podem
ter amigos, porque à amizade,
o mais leve dos cálculos a fere.
Como é um bem reservado aos
eleitos, é o sentimento mais
incompreendido e o pior interpretado.
Não admite sombras nem fingimentos,
rusticidade nem renúncias.
Exige no entanto sacrifício e coragem,
compreensão e verdade,
VERDADE! acima de todas as coisas.
Com as pequenas coisas
do dia a dia
cresce nossa amizade.
Desejo que sempre seja assim.
(Desconhecido)
Te desejo uma semana com muitos amigos,amor e paz
Abraços do amigo Eduardo Poisl
Sempre que tento tirar fotos a fogueiras não tenho muito sucesso... Mas esta está bonita :)
ResponderEliminarBjs
Ser o fogo e ser a neve. Ser a fogueira e a lenha. Ser.
ResponderEliminarBelo poema, amigo. Beijos.
Quem não sente tudo isso de quando em vez, mas há que ultrapassar!
ResponderEliminarAbraço
cinza que dá vida a outras vidas. mesmo com essa nostalgia latente.
ResponderEliminarbeijo
ja todos fomos algo...mas tudo tem um inicio e um fim
ResponderEliminarOi!João
ResponderEliminarParabéns por mais um poema lindo.Boa semana prá você.Beijo
Sarava!
ResponderEliminarFui cozinheira da força aérea.
Ou gostava de ter sido!
;)
Gostei muito do poema.
E agradeço a querida visita, volta sempre!
QUERIDO JOÃO, SUBLIME POEMA AMIGO... ABRAÇOS DE CARINHO E AMIZADE,
ResponderEliminarFERNANDINHA
Um poema muito significativo, onde a chama de tempos idos ainda está presente e reacenderá de novo as cinzas da fogueira que voltará a refulgir!
ResponderEliminar(A música vai dar uma ajudinha:))
Beijinhos.
Talvez exista um recomeço da cinza...
ResponderEliminarA poesia é sempre passivel de ser interpretada de acordo com os nossos pensamentos e as palavras são o caminho para uma "viagem" mental...
Um grande beijo,
Paula
há sempre algum calor nas cinzas! Lindo poema
ResponderEliminarPassei, li e gostei!
ResponderEliminarA simples dexcrição de perfil acendeu em mim a fogueira da leitura.
Deixo um abraço e um sorriso,
Maria Faia
Onde há cinzas é porque existiu fogo!
ResponderEliminarE no meio das cinzas quase sempre existe ainda lume...
Acredito que há lume aqui! do bom!
Bjs
Querido João, tu és um sol que aquece com teus poemas. Beijos, Rosinha
ResponderEliminarGostei.Ou melhor gosto desta forma de dizer e fazer sentir...
ResponderEliminarBjo*
Meu Caro,
ResponderEliminaragradecer-lhe o facto de ter passado pelo Nada menos que todo um homem...percebo pelo cantos aqui da sua casa porque achou o poema a Torga demasiado comprido para o seu gosto...mas perceberá, com certeza, quando digo que o tamanho do mesmo não dependeu de mim.
Posto isto, dizer-lhe que o prazer que retiro da poesia é aquele que se retira quando encontramos o que mais de verdadeiro há nas pessoas...José Cardoso Pires afirmava que a função da escrita era corromper e nesse sentido posso dizer-lhe que depois de me encontrar com as suas letras não fiquei indiferente.
Um Abraço
Quem escreve assim, ainda é fogueira!
ResponderEliminarBoa semana.
Caro João
ResponderEliminarComo eu o entendo...
Quando olhamos o caminho percorrido
apercebemo-nos, de como quanta
coisa em nós mudou...
Mas como dizia alguem que eu admirava muito e que já passou para o outro lado:
"As coisas são como são."
Mas olhe amigo
Na minha óptica, a vida é um constante recomeçar.
Em fases diferentes... mas sempre recomeçar.
Um abraço e obrigada por a sua visita ao meu cantinho.
viviana
mas o fogo nunca acaba; transforma-se...
ResponderEliminargostei do poema!
Vale sempre a pena vir aqui e ler o que escreve.Abraço
ResponderEliminarNão me parece que a fogueira se tenha já transformado em cinzas mas o poema está belissimo.
ResponderEliminarUm beijo grande, João.