domingo, 13 de maio de 2012

" monstr'inhos, um percurso... " em exposição

" monstr'inhos, um percurso... ", 18 trabalhos a acrilico em exposição na Livraria Bulhosa, Campo Grande, 10 B, em Lisboa, de 12 de Maio a 9 de Junho.
Alguns apontamentos fotográficos do dia da inauguração, onde não foi possivel fotografar todos os amigos presentes.



três aspectos "angulares" da exposição



vendo e trocando impressões sobre os trabalhos expostos
em conversa com uma visitante
com Cristina Videira Santos, minha filha
com Ana Maria Videira Santos, minha sobrinha
com Sofia e Angela Videira, minhas primas
com Daniel Bacelar e Victor Queiroz (Carocha) duas referencias dos primórdios da musica moderna portuguesa dos anos sessenta. Daniel como interprete, Victor como musico. Dois prestigiados rockeiros.
três amigos do Vitória Clube de Lisboa e das noites de festa que aí organizámos nos anos sessenta.
Da esquerda para a direita, Álvaro, Bábá e Nanan.
com Joice Kjolner Worm, uma amiga de muitas trocas de impressões
com a Professora Helena Chainho, pedagoga do ensino especial
Victor Queiroz (Carocha), Daniel Bacelar e o actor Luis Testa

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depois da inauguração, de visita à exposição, deslocando-se propositadamente a Lisboa, esteve a nossa amiga Maria Oliveira. Aqui fica o registo desse momento - com os nossos agradecimentos
lendo o prospeto da exposição...
apresentando a exposição...
vendo os trabalhos expostos...

Maria Oliveira, comigo e com Victor Queiroz (Carocha) que, mais uma vez, esteve presente.
Obrigado, Maria! Pela simpatia, pela amizade.

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Jorge Aragão, amigo e artista plástico, visitou a exposição
observou...
fotografou...
comentou e assinou o livro de visitantes.
Obrigado pela presença, Jorge

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...e para que fossem possiveis estas fotos, aqui fica a foto e uma palavra de agradecimento a 
Conceição Carvalho que captou estas imagens. 
OBRIGADO, Conceição"

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sexta-feira, 4 de maio de 2012

"monstr'inhos, um percurso... "



Exponho de novo este género de trabalho que tanta curiosidade e simpatia tem suscitado.

São 18 trabalhos a acrilico em papel Canson e realizados em 2005, 2009 e 2011.

A exposição terá lugar na Livraria Bulhosa, em Entrecampos, Lisboa e decorrerá de 12 de Maio, sábado a 9 de Junho, sábado.

Se tiver oportunidade, não deixe de visitar a exposição.

A Livraria Bulhosa é um espaço de cultura onde encontra as mais recentes novidades literárias, dispondo dum  auditório e dum bar.


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terça-feira, 1 de maio de 2012

1º de Maio


Faz hoje anos que, depois de sair do emprego, fui a pé do Saldanha ao Rossio para estar junto dos operários corticeiros, tipógrafos e outros, que aí se manifestavam pelo 1º de Maio, pela liberdade e por melhores condições de trabalho.

Os transportes estavam condicionados e todos os que provinham das zonas do Aeroporto, Calçada de Carriche, Encarnação e Alvalade, terminavam o seu percurso no Saldanha, encurtando, assim, o seu destino aos Restauradores e ao Rossio, de modo a que a PIDE, a GNR e a PSP controlassem a circulação de todos os que pretendessem chegar ao Rossio, local onde se concentravam os manifestantes.

Lembro que no Rossio a multidão era compacta e que perante as palavras de ordem, desencadeou-se uma pancadaria tremenda com as forças da dita “ordem”.

Lembro que mães com filhos foram espancadas pela PSP.

Lembro que levei uma “cacetada” na cabeça de que ainda hoje conservo a “amolgadela”,

Lembro tudo!

Lembro que o carro-cisterna que projectava a tinta azul de modo a marcar os manifestantes deu cabo do fato azul que tanto venerava e que me marcou a pele, obrigando a que estivesse três dias em casa a esfregá-la para que, quando saísse à rua, o azul não fosse visto a PIDE não me prendesse.

Foi há uns anos largos,mas…não esqueço.

Antes e depois do 25 de Abril, vivi muitos outros 1ºs de Maio.

Tantos foram que não me liberto da sua memória, do que sinto e do que nunca deixarei de gritar:

Viva o 1º de Maio
Vivam os Trabalhadores!


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foto de autor desconhecido

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segunda-feira, 23 de abril de 2012

viva o 25 de abril!

o dia 25 de Abril de 1974 foi, para alguns, há muito tempo.

para mim que o vivi, foi ontem.

de ontem para hoje mantenho viva a chama, o querer e a determinação de honrar e lembrar todos aqueles que deram voz ao nosso grito de liberdade.

quero lembrar os militares que tornaram possível a alvorada desse dia e com eles recordar todos os que lutaram, sofreram o degredo, a prisão, a tortura e nunca viram o sol da liberdade.

quero que a minha voz se una à de todos aqueles que preservam a liberdade, os valores da democracia e continuam a lutar por uma sociedade justa e solidária, por um Portugal livre de tutelas.

hoje, como ontem, continuo a sentir o fervilhar da emoção que a família sentiu ao ver presos os seus progenitores, tão só e apenas por defenderem os valores da liberdade e da democracia.

hoje, como ontem o grito torna-se mais forte, os propósitos mantêm-se.

hoje, como ontem, viva o 25 de Abril, viva a liberdade, viva a democracia!


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segunda-feira, 9 de abril de 2012

no sal dos teus beijos



no sal dos teus beijos,
onde bebo a ilusão,
tempero os sonhos,
acordo os dias,
mato a solidão…


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imagem da internet
autor desconhecido

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sexta-feira, 30 de março de 2012

deixa-me dizer



deixa-me abanar a opacidade do esquecimento,
dizer que nunca estiveste onde estive;

que a clausura não encarcera o pensamento;
que a liberdade não envenena a determinação.

deixa-me dizer que palavras não bastam
quando atitudes são necessárias.


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in "Esquinas do tempo"
Brasilia - Brasil - 2005

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terça-feira, 27 de março de 2012

dia mundial do teatro - Armando Cortez



Ao longo dos anos que de vida já levo, tive o previlégio de conviver e trabalhar com gente ligada às artes.

Desses convivios e trabalhos guardo inumeras recordações. O ultimo desses convivios e de trabalho em prol da solidariedade social foi com o actor Armando Cortez - de quem guardo recordações incriveis de coragem e determinação em defender a causa dos artistas.

Ambos estivemos empenhados na fundação e consolidação da Casa do Artista, em Lisboa.

Das dificuldades que enfrentámos, não falo.

Foram muitas e todas ultrapassadas com coragem, empenho, persistência e espirito de sacrificio.

Hoje, Dia Mundial do teatro, quero recordar o actor, o amigo, que nos palcos ou fóra deles, com o requinte da sua graça me fez rir e dispõr para enfrentar as contrariedades da vida.

Daqui, para a sua memória, a minha salva de palmas!

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foto de autor desconhecido

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terça-feira, 20 de março de 2012

dia mundial da poesia - se perdem tão tristes teus olhos



se perdem tão tristes teus olhos na noite
se quedam incertos
os dias futuros…

…e tu tristemente
rasgas silêncios
buscando a verdade
dos sons ocultos…

…e clamas chorando
tua liberdade
engrossando o caudal
do rio sangrento…

se perdem lá longe em espaços etéreos
as trovas cantadas
à terra imortal…

…e tu lancinante
esperas que o menino
rasgando o teu ventre
se banhe de luz…

…e o mundo então
segue seu pastor
que guia seu rebanho
ao mundo melhor…

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Com saudade lembro o Maestro Rocha Oliveira que musicou este poema

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Oiça a canção aqui...

http://www.youtube.com/watch?v=G4k3r0YkADo

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segunda-feira, 19 de março de 2012

porque é dia do pai...



tenho uma chaga aberta,
a lembrança sangrando...

...e a saudade que me devora
na dor de tanto ai
é um vazio imenso,
o espaço de meu pai...


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imagem de autor desconhecido

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terça-feira, 13 de março de 2012

a lua...



a lua submersa
nos olhares sonhadores,
tem brilho,
gente de amores,
silêncios invioláveis.

…e quem nela sonha
num punhado de olhares,
fulgura o gume da noite,
vive em amares,
desperta no açoite...


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foto de autor desconhecido

terça-feira, 6 de março de 2012

...e as mãos num vazio de trabalho...



…e as mãos,
num vazio de trabalho,
fecham-se com a raiva
de quem suplica côdeas
para que a fome aguente
e a sede não mate…

…e estas mãos que moldam a vida
com a incerteza de cada dia,
crispam-se de desespero
na solidão da agonia…

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

"IN confidências" no Clube de Leitura...

a convite do Clube de Leitura do Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária Dr. Azevedo Neves, na Damaia, apresentei "IN confidências" - o meu novo livro de poesia






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sábado, 18 de fevereiro de 2012

que fizeram do meu país?



que fizeram do meu País?

cortaram-lhe o trigo
pela raíz,
deixaram os campos
ao abandono.

na imensa seara
do meu país,
a primavera
é sempre outono.

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

tristes são...



tristes são...

... os olhos do entardecer,

a voz que toca o silêncio,

a ruína do querer,

o parir das palavras

o incêndio do ser...


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imagem de autor desconhecido

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

...e no claro despertar



...e no claro despertar,
gozo da existência,
um grito por estalar
as veias do silêncio...


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foto de autor desconhecido

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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

leio - te...



leio-te no soletrar magoado....

na pausa de cada ponto final,
no sangrar de cada hesitação...
na cicatriz de cada palavra,
no flamejar de cada emoção...

leio-te...

...e lendo quebro o silêncio,
o resgatar da memória...



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foto do autor

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domingo, 15 de janeiro de 2012

o sol sumindo-se...


...e o sol sumindo-se
em manchas de carmim,
deita-se no horizonte,
murmura-se no fim...

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foto de autor desconhecido

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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

pobreza


...e os dias de joelhos esfolados
- na indiferença -
são mais que dor crucificada,
apatia que fére os excluídos...

...e o teu olhar no meu,
ferido pela pobreza,
é como um grito mudo,
a revolta na certeza...

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imagem de autor desconhecido.

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domingo, 18 de dezembro de 2011

domingo, 11 de dezembro de 2011

no roer dos sentimentos...


no roer dos sentimentos,
economizando adjectivos,
esqueço substantivos,
chamo-te...Amor!

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foto de autor desconhecido

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domingo, 4 de dezembro de 2011

nikki...

Estou triste!
Morreu a minha cadela Cocker Americana Azulão, NIKKI
Com o seu desaparecimento, fica em mim uma imensa tristeza,
o vazio indiscritivel da sua ausência,
a saudade da sua fidelidade,
da sua presenja junto de mim..


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Poema que em 13 de Dezembro de 2010, dediquei à minha cadela,
então já doente e editado qui, no blog

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tenho saudades (nikki)


tenho saudades dos silêncios
em que me ouvias na voz da tua razão;

dos dias longos e profundos
em que estendias olhares
e beijavas a presença
com a luz dos afectos.

tenho saudades das corridas loucas
na provocação das brincadeiras,
dos aconchegos em mim,
do calor da tua presença,
da tua fidelidade.

tenho saudades de ti
agora que o fim
é o principio,
a conclusão do fio da vida.


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