sexta-feira, 22 de maio de 2009

fui fogueira...


fui fogueira,
razão extinguida…

outrora labareda,
fui fogo, alegria…

hoje, não mais que cinza,
sou pó, vida incendiada…

fui fogueira,
tronco da noite fria,
calor, esperança,
rumo, uma só estria…

31 comentários:

Unknown disse...

Lindo poeta... Um poema que transpira saudade!

Beijinhos e bom fim de semana,
Ana Martins

M. Nilza disse...

Saudosista seu poema hein? Bem feito - é fogo sentir saudade do que se foi ou não foi...

Beijos

*-...-* Ana Anita *-...-* disse...

Dizem que poemas são como pinturas, cada um interpreta a sua maneira. eu tirei a minha deste seu poema, e acho que estou assim! :)

Me senti bem ao ler...

bjsssssssssss

Sonia Schmorantz disse...

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

Autor: Paulo Santana

Um lindo final de semana!
Abraço

Paula Raposo disse...

Também fui...muitos beijos.

SAM disse...

Lindo poema amigo. Mas creio que´não se extingue o fogo da paixão, pela vida, pela arte e pelo amor. Se não há mais as grandes labaredas das fogueiras, há com certeza cinzas que ainda guardam brasas. É só abaná-las.

Lindo fim de semana! Beijos

xistosa, josé torres disse...

A cinza é um princípio para novas vidas e não um fim dum ciclo.
É um fertilizante (que está de volta na agricultura biológica).

fgiucich disse...

Hermoso poema que me hace acordar aquello de que cenizas quedan porque fuego hubo. Abrazos.

Cida Torneros disse...

Querido amigo, estimado poeta
encontro-me em Barcelona neste domingo, já passei por Madri, e ainda trago comigo as lembranças da tua linda Lisboa, principalmente da tua agradável hospitalidade. Se o fogo que arde faz-te sentir assim, só posso honrar-me com tuas palavras, sempre profundas e sintéticas a nos fazer pensar e sentir, ou vice-versa. Um beijo amigo em meio a tal chama que brilha na tua escrita!
Cida Torneros

EDUARDO POISL disse...

A Amizade é...
O mais nobre dos sentimentos,
Cresce à sombra do desinteresse,
Nutre-se brindando-se e floresce
a cada dia com a compreensão.

Seu lugar está junto ao amor
Porque ela é também amor.
Somente os honestos podem
ter amigos, porque à amizade,
o mais leve dos cálculos a fere.

Como é um bem reservado aos
eleitos, é o sentimento mais
incompreendido e o pior interpretado.
Não admite sombras nem fingimentos,
rusticidade nem renúncias.

Exige no entanto sacrifício e coragem,
compreensão e verdade,
VERDADE! acima de todas as coisas.

Com as pequenas coisas
do dia a dia
cresce nossa amizade.
Desejo que sempre seja assim.
(Desconhecido)

Te desejo uma semana com muitos amigos,amor e paz
Abraços do amigo Eduardo Poisl

A Professorinha disse...

Sempre que tento tirar fotos a fogueiras não tenho muito sucesso... Mas esta está bonita :)

Bjs

Graça Pires disse...

Ser o fogo e ser a neve. Ser a fogueira e a lenha. Ser.
Belo poema, amigo. Beijos.

BC disse...

Quem não sente tudo isso de quando em vez, mas há que ultrapassar!
Abraço

vida de vidro disse...

cinza que dá vida a outras vidas. mesmo com essa nostalgia latente.
beijo

Cláudia Pinho disse...

ja todos fomos algo...mas tudo tem um inicio e um fim

Rosette disse...

Oi!João
Parabéns por mais um poema lindo.Boa semana prá você.Beijo

_E se eu fosse puta...Tu lias?_ disse...

Sarava!

Fui cozinheira da força aérea.
Ou gostava de ter sido!

;)

Gostei muito do poema.

E agradeço a querida visita, volta sempre!

FERNANDINHA & POEMAS disse...

QUERIDO JOÃO, SUBLIME POEMA AMIGO... ABRAÇOS DE CARINHO E AMIZADE,
FERNANDINHA

Ailime disse...

Um poema muito significativo, onde a chama de tempos idos ainda está presente e reacenderá de novo as cinzas da fogueira que voltará a refulgir!
(A música vai dar uma ajudinha:))
Beijinhos.

Paula disse...

Talvez exista um recomeço da cinza...
A poesia é sempre passivel de ser interpretada de acordo com os nossos pensamentos e as palavras são o caminho para uma "viagem" mental...
Um grande beijo,
Paula

Angela Ladeiro disse...

há sempre algum calor nas cinzas! Lindo poema

Maria Faia disse...

Passei, li e gostei!
A simples dexcrição de perfil acendeu em mim a fogueira da leitura.

Deixo um abraço e um sorriso,

Maria Faia

Perla disse...

Onde há cinzas é porque existiu fogo!
E no meio das cinzas quase sempre existe ainda lume...

Acredito que há lume aqui! do bom!

Bjs

Anónimo disse...

Querido João, tu és um sol que aquece com teus poemas. Beijos, Rosinha

Maria P. disse...

Gostei.Ou melhor gosto desta forma de dizer e fazer sentir...

Bjo*

Vicente disse...

Meu Caro,

agradecer-lhe o facto de ter passado pelo Nada menos que todo um homem...percebo pelo cantos aqui da sua casa porque achou o poema a Torga demasiado comprido para o seu gosto...mas perceberá, com certeza, quando digo que o tamanho do mesmo não dependeu de mim.
Posto isto, dizer-lhe que o prazer que retiro da poesia é aquele que se retira quando encontramos o que mais de verdadeiro há nas pessoas...José Cardoso Pires afirmava que a função da escrita era corromper e nesse sentido posso dizer-lhe que depois de me encontrar com as suas letras não fiquei indiferente.

Um Abraço

São disse...

Quem escreve assim, ainda é fogueira!

Boa semana.

Viviana disse...

Caro João

Como eu o entendo...


Quando olhamos o caminho percorrido

apercebemo-nos, de como quanta

coisa em nós mudou...

Mas como dizia alguem que eu admirava muito e que já passou para o outro lado:

"As coisas são como são."

Mas olhe amigo

Na minha óptica, a vida é um constante recomeçar.

Em fases diferentes... mas sempre recomeçar.

Um abraço e obrigada por a sua visita ao meu cantinho.

viviana

Leonor disse...

mas o fogo nunca acaba; transforma-se...

gostei do poema!

Martinho da Silva disse...

Vale sempre a pena vir aqui e ler o que escreve.Abraço

Ana Casanova disse...

Não me parece que a fogueira se tenha já transformado em cinzas mas o poema está belissimo.
Um beijo grande, João.