quinta-feira, 30 de abril de 2009
hino labor (1º maio 2009)
voa rasgada a conspiração,
a palavra,
a revolta que o dia inspira…
nas mãos calejadas,
no dia de tantos gritos,
há unidade,
um desejo seguido…
aquele que se junta,
aquele que se une,
jamais será vencido!
Créditos:
1ªfoto - Diário Popular,1º de Maio de 1974
2ªfoto - Parte de poster da CARP (ml) 1975
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Sobre o 1º de Maio, ver mais no post de 29 de Abril de 2008
sexta-feira, 24 de abril de 2009
foi há trinta e cinco anos...
há trinta e cinco anos eu já sabia que ía acontecer um movimento militar que nos podia restituir a liberdade.
desde o “balão-de-ensaio” do 16 de Março que eu andava avisado e alerta…
no dia 25 de Abril de 1974, ainda não eram sete horas da manhã,estava eu a preparar-me para enfrentar mais um dia de trabalho na Sida-sueca quando, o telefone toca e meu irmão Adalberto, ex-militar em Timor, me informa do que estava a acontecer.
lembro que chorei.
lembro que num rasgo simultâneo ri, fechei com força as mãos e disse para comigo:“tem que ser, tem que resultar!”.
ultrapassei todos os pormenores infinitos que dou à higiene diária e corri para a Baixa de Lisboa.
lembro os GNR’s, "assarapantados", bem como os militares leais à hipocrisia do governo de Caetano, lembro os militares libertadores com que me cruzei e as minhas constantes mudanças pelos cenários dos prós e contras.
nesse dia, disciplinado, pontual e cumpridor, nem pensei nos meus deveres profissionais.
fiquei-me, indiscriminadamente, pelo Rossio, Baixa, Praça do Comércio, Chiado, Ribeira das Naus, António Maria Cardoso, Largo do Camões, Largo do Carmo…
corri de local em local os locais onde a revolução aconteceu e o povo vibrou, assistindo a tudo,tudo,tudo!
quatro ou cinco vezes corri a casa de meus avós maternos, na Rua João Brás, aos Poiais de S.Bento, para relatar pormenores do que estava a acontecer.
o avô José Maria, já doente, conhecido no Exército e nos meios oposicionistas por Sargento Videira e líder da ORS – Organização Revolucionária dos Sargentos, rejubilava com o que sucedia e, da primeira vez que lhe fiz relatos, olhando-me nos olhos, num olhar de alegria e, simultaneamente, de tristeza por não viver “in loco” o momento, diz-me: “Hoje, na rua só falto eu”.
ele que esteve em revoluções e revoltas, não estava nesta…
realmente, não estava.
estava doente, impossibilitado de sair de casa.
não fora a doença e uma vida de constante luta que iniciou na sua participação na guerra de 1914/1918 e continuou por revoluções, revoltas, prisões, deportações e Tarrafal e ele, concerteza viveria esse dia de forma bem diferente mas, seguramente, bem participativa.
o dia libertador de 25 de Abril de 1974 aconteceu há 35 anos, mas continuo a trazê-lo tão presente e tão vibrante como então o vivi.
porque lembro o que a minha e tantas famílias passaram na prisão e na deportação, porque lembro todos os homens que me deram a conhecer e que conheci e que travaram uma luta desenfreada para que todos pudéssemos ser livres e senhores da nossa vontade.
uns tiveram a felicidade de viver esse dia e o que ele significou e significa para o futuro de Portugal, outros, infelizmente, não conseguiram chegar a essa luz libertadora.
ambos são credores do nosso respeito, de os termos presentes na nossa memória, de mesmo sendo tantos, gritarmos bem alto os seus nomes e lembrarmos às gerações presentes e vindouras que a liberdade se deve a eles e àqueles que desprendidamente lutaram e a conseguiram no dia 25 de Abril de 1974.
para que não hajam meninos e homens pendentes, aqui lembro aquele que foi o MEU dia e é afinal o dia de todos os Portugueses que vivem e preservam os valores da liberdade e da democracia!
por isso, sem timidez há que gritar: VIVA O 25 DE ABRIL!
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Lisboa,25 de Abril de 2009
...e o Povo saíu à rua!
foi um povão!
...e eu estava lá!!!
Lisboa, Largo do Carmo
homenagem ao Capitão Salgueiro Maia
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os meus agradecimentos à jornalista Brasileira Maria Aparecida Torneros da Silva a qual, segundo sua informação,difundiu este post.
para si, aquele abraço fraterno com o meu reconhecimento.
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quarta-feira, 15 de abril de 2009
na sombra de um homem...
quarta-feira, 8 de abril de 2009
por um mundo melhor...
explicação prévia:
o que a seguir vão ler, resulta da revolta de alguém que passou grande parte da sua vida na luta pela justiça social e a favor daqueles que dão o melhor de si em prol da sociedade e dum mundo melhor.
sendo laico, o que escrevi, parece ter resultado do momento inspirativo dum homem de fé e...não é o caso.
este poema "branco" tem a ver com os explorados e oprimidos e com a necessidade do homem ressuscitar um mundo melhor, se é que ele alguma vez existiu...
aproveitando os valores da fé da maioria do país que somos e a quadra que atravessamos, edito o que segue, agradecendo a generosidade daqueles que transformaram o sentimento das minhas palavras em canto no culto da sua fé.
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ressurreição
trago no peito as chagas da tua dor,
os espinhos da cruz
onde a palavra gemeu na apatia do homem…
trago na ressurreição da fé a força e a coragem de,
nos olhos da esperança,
pedir perdão e acreditar
que todos somos irmãos,
mesmo que a resignação de alguns
não seja a de todos…
trago em mim a confiança,
o querer, a vontade,
para que, no melhor de nós,
ressuscite o homem que,
na semelhança de si,
construa um mundo melhor,
mais solidário,
mais fraterno,
mais igual.
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Os meus agradecimentos a Zélia Nicolodi e a Lu Guerreira,
as quais, devidamente autorizadas, editaram estas palavras
em pps, "circulando" estes pelo imenso espaço da internet.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
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