Não são fáceis os tempos que correm.
O desemprego, a falta de trabalho, o desiquilibrio e a ruptura do sistema economico são mais do que razões para nos preocuparmos não só com o nosso futuro, mas, também, com o dos jovens.
Trinta e sete anos depois, comemorar o 25 de Abril e os valores que determinaram a revolução, continua a ser necessário para que a chama da esperança se mantenha acesa com querer e determinação.
Trinta e sete anos depois, da devolução da liberdade e da democracia ao povo, pesem as vicissitudes dum caminho de tantos escolhos, onde os recuos são constantes, temos de continuar a acreditar que a livre expressão do homem e a sua luta por uma sociedade mais fraterna e mais solidária, continuam a ser fim do seu objectivo.
Objectivo a concretizar por todos aqueles que dão o melhor de si em prol da sociedade e, consequentemente, pelo futuro do país que somos e a que temos orgulho de pertencer.
Trinta e sete anos depois, o 25 de Abril e os valores que ele encerra, continuam a ser um caminho a cumprir.
A liberdade conquistada foi meta que o povo ansiou e pela qual lutou duramente.
Uma luta de décadas que levou à prisão, ao desterro e à morte muitos patriotas.
Muitos deles ainda hoje nos esconsos do anonimato e teimosamente ignorados.
Se o 25 de Abril, teve como objectivo prioritário restaurar a liberdade e a democracia, outros fins estão, ainda, por alcançar.
É preciso que o Estado continuí a previligiar a educação, a saúde, o emprego, a cultura e o apoio aos desfavorecidos.
Perante o elevado numero de desempregados é urgente, uma politica de emprego que consolide a estabilidade de todos aqueles que procuram garantir a sua subsistência, o seu bem estar, a sua esperança no futuro.
Por outro lado, é preciso garantir que os nossos reformados e os nossos idosos tenham a segurança que lhes falta em termos de apoio à velhice, à doença e à melhoria das suas reformas.
Que o fim da sua vida tenha a dignidade e o respeito que merecem depois duma vida de trabalho e de privações.
Que sejam encontradas soluções para emprego dos nossos jovens a fim de que os melhores anos da sua vida não sejam passados na busca incessante de trabalho, na precaridade do trabalho quando o têm e na angustia permanente do que será o seu futuro.
Este ano, o 25 Abril ocorre com o nosso país em extremissimas dificuldades económicas e a solicitar a ajuda internacional.
Não é a primeira vez que isso acontece e sabemos bem o quanto essa ajuda vai determinar em termos de austeridade, do crescente numero de dificuldades a que vamos ficar sujeitos. Seguramente o desemprego aumentará, a idade da reforma será alterada, beneficios serão retirados aos trabalhadores, enfim um sem numero de alterações que irão prejudicar aqueles que no e pelo trabalho criam riqueza.
Uma situação que nos obriga a cerrar fileiras e a lutar para que o país saia da situação e da estagnação em que se encontra, por forma a que o amanhã dê mais certezas e menos incertezas aos portugueses e ao futuro de Portugal.
Somos um país de séculos, um pais onde a história nos conta tantos feitos e tantos sacrificios. Todos somos dignos desse passado e há que lutar por ele!
Temos que unir esforços e garantir que o nosso país é conforto para todos nós.
Com o 25 de Abril, surge o 1º de Maio.

Se uma data consagra a liberdade e a democracia, a outra consagra o Dia Mundial do Trabalhador.
Este ano, perante a situação económica do país, o desemprego e a precaridade de quem tem trabalho, é certo que as vozes se erguerão no clamor do protesto por melhores condições de vida, pelo emprego e contra as injustiças que grassam no mundo do trabalho e, em geral, na nossa sociedade.
É preciso que a comemoração destas datas seja feita na esperança e na determinação por melhores dias, pelo trabalho e emprego, por justiça no apoio social aos desempregados, aos reformados e pensionistas e aos mais necessitados.
Por Portugal e pela sua independência económica.
Viva! o 25 de Abril!
Viva! a Liberdade!
Viva! o 1º de Maio!
Vivam! os Trabalhadores!
Viva! Portugal!

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